sexta-feira, março 14, 2014

Atividade desenvolvida no âmbito do projeto de alfabetização do Centro de convívio da Ilha

Poema: "As Palavras" de Eugénio de Andrade:
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos, as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Comentário ao Poema pela utente Ana Marques da Silva, 77 anos:
"Antes de falarmos devemos pensar três vezes, porque a palavra tanto louva como ofende. Se falrmos sem pensarmos podemos cair no extremo e ser dificil de remediar, porque lá diz o ditado "Pedra fora da mão e palavra fora da boca já não há solução". Há palavras que sendo doces se tornam amargas e outras que parecendo amargas ou bruscas se tornam construtivas, depende da maneira como as dizemos ou das pessoas a quem as dizemos. Nem todas as pessoas aceitam da mesma maneira. Para conhecermos as pessoas precisávamos ter um pouco de psicologia e pedagogia. Devemos pensar antes de falar, de que maneira eu as aceitava se estivesse no lugar da outra pessoa?"

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