Poema: "As Palavras" de Eugénio de Andrade:
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos, as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Comentário ao Poema pela utente Ana Marques da Silva, 77 anos:
"Antes
de falarmos devemos pensar três vezes, porque a palavra tanto louva
como ofende. Se falrmos sem pensarmos podemos cair no extremo e ser
dificil de remediar, porque lá diz o ditado "Pedra fora da mão e palavra
fora da boca já não há solução". Há palavras que sendo doces se tornam
amargas e outras que parecendo amargas ou bruscas se tornam
construtivas, depende da maneira como as dizemos ou das pessoas a quem
as dizemos. Nem todas as pessoas aceitam da mesma maneira. Para
conhecermos as pessoas precisávamos ter um pouco de psicologia e
pedagogia. Devemos pensar antes de falar, de que maneira eu as aceitava
se estivesse no lugar da outra pessoa?"
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